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REALIZE REUNIÕES PRODUTIVAS E AGRADÁVEIS EM SEU ESCRITÓRIO



Realize reuniões quinzenais ou mensais, em que se discuta ideias de crescimento, melhorias nas instalações, “brigas” em benefício da empresa, cobrança de resultados, exame de processos em andamento e busca de eventuais equívocos na condução dos mesmos.


Mesmo quando o escritório pertence à um só advogado, se ele conta com colaboradores que também são advogados, deve tomar cuidado para não abdicar de sua posição de mando, mas, ao mesmo tempo, não deixar de abrir espaços sinceros de oitiva de sugestões.


Não existe nenhum profissional, por mais experiente que seja, que possa se dar ao luxo de desprezar as experiências alheias, mesmo quando elas partem de colegas mais jovens.


Se você estabelecer uma relação respeitosa com seus colaboradores e esses forem pessoas inteligentes, saberão identificar os limites do alcance da sugestão e a necessidade de reconhecer que a empresa lhe pertence.


É comum dono de empresa abrir espaço para sugestões apenas para “fazer de conta” que é democrático, ouve tudo e despreza tudo, por mais interessante que a ideia seja.


Com esse comportamento, em pouco tempo ninguém se dignará a pensar coisa alguma em benefício da empresa, pois se sente enganado e pouco valorizado.


Os colaboradores mais jovens, e inclusive os estagiários, sempre tem a mente mais aberta para as novidades da advocacia, não só no que se refere à legislação, doutrina e decisões de tribunais, mas principalmente de formas de atuação, como técnicas de divulgação.


Os advogados com mais idade, como eu, tem a vantagem da experiência profissional e de vida, mas é muito comum que se surpreenda com novas ideias vindas de outros mais jovens.


Já me vi concluindo, para meu desgosto pessoal, que muitas das formas de atuação que sempre defendi e pratiquei ao longo dos anos hoje não passam de “vícios” absolutamente inadequados para os tempos modernos.


Se você prefere transformar cada reunião em um “round” de luta livre, numa disputa encarniçada de pontos de vista em que os detentores do “discurso da autoridade” gritam mais alto, batem na mesa e saem da sala quando perdem, é preferível decidir tudo sozinho e assumir todos os riscos, sem realizar encontro algum.


Imagine quando você tem sócios, em que todos tem poder de voz, mesmo que o poder decisão não seja igualitário em razão da quantidade de cotas de cada um!


Ou você ouve respeitosamente seus sócios, mesmo minoritários, e considera sincera e honestamente todas as opiniões, ou acaba com a sociedade e se lança sozinho na aventura.


Não transforme as reuniões em um tribunal de acusações mútuas, mas em um espaço respeitoso de identificação de problemas e busca honesta de soluções.


Se você quer concorrentes em vez de sócios, saia da sociedade e abra outro escritório. Parece mentira, mas mesmo reuniões de trabalho podem ser motivo de prazer pessoal, basta todos realizarem esforços sinceros para isso.

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João Marcos Adede y Castro

JOÃO MARCOS ADEDE Y CASTRO é graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria, sendo Mestre em Integração Latino Americana, pela mesma Universidade.

 

É doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade del Museo Social Argentino, e doutorando em Direito Civil pela Universidade de Buenos Aires, ambas de Buenos Aires.  

 

Foi Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul por quase 30  anos, tendo exercido as atribuições de Promotor de Justiça Especializada de Defesa Comunitária, com atuação preponderante nas áreas de defesa do meio ambiente, interesses sociais e coletivos e improbidade administrativa. É Professor Universitário.

 

 É membro e  foi Presidente da Academia Santa-Mariense de Letras, ocupando a cadeira número 16, cujo patrono é o escritor e jurista  Darcy Azambuja. É advogado em Santa Maria, RS.

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