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REDUÇÃO DE DANOS NAS EMPRESAS

REDUÇÃO DE DANOS NAS EMPRESAS

Mesmo que a relação com os clientes seja de prestador e tomador de serviços ou consumidor e fornecedor de bens, não resta dúvida que se estabelecem simpatias pessoais mútuas e interesses legítimos comuns.

No isolamento, surgem algumas ideias que podem, em maior ou menor grau, ajudar a atravessar essa crise sem perder clientes ou pelo menos reduzindo os danos.

Dessa forma, devem as empresas, de forma absolutamente honesta, dividir com seus clientes as suas angústias e esperanças nesse momento de grave crise sanitária e econômica.

Atendendo determinações das autoridades de saúde nacional, estadual e municipal, fechar-se fisicamente os negócios, estando alguns trabalhando, pela internet e por telefone, no atendimento das necessidades do cliente, de forma que ele não fique totalmente desassistido.

Claro que, tendo os fornecedores de insumos e mercadorias fechado as portas físicas e suspendido as entregas, os prestadores de serviços e os fornecedores têm encontrado inúmeras dificuldades em atender seus clientes, mas não podem desistir.

Com isso, também houve redução expressiva do faturamento de todos os setores, causando aumento significativo e preocupante das dificuldades de honrar os compromissos financeiros, o que só não é maior em razão de que alguns tomaram providências de formar uma poupança ou o que chamamos de “capital de giro”, mas esse não suportará, por evidente, prazos muito longos de quase inatividade.

O que as empresas devem fazer é reunir-se virtualmente, por WhatsApp ou outros meios eletrônicos e tomar diversas medidas, que devem ser implementadas com urgência no sentido de reduzir ao máximo as despesas, dispensando serviços ou bens não essenciais, negociando o pagamento de todos os compromissos por meio de alongamento de perfil de prazos e juros, por menores que sejam, além de estabelecer estratégias urgentes de restabelecimento de contatos e obtenção de novas fontes de renda, para agora ou para o futuro.

Devem as empresas organizarem-se no sentido de estabelecer prioridades na assunção de novos compromissos, centrando naqueles que efetivamente compensem financeiramente, sem que isso implique em abandono dos interesses dos atuais clientes.

Ou seja, a única coisa que a empresa não pode fazer é ignorar a crise ou achar que ela não as atingirá. Esse seria um comportamento pouco inteligente e suicida.

Muitas empresas, infelizmente, vão quebrar ou diminuir suas áreas de atuação, sendo que as mais organizadas sobreviverão. Algum tempo ainda vai passar para a recuperação total, mas ela virá, sem dúvida.

O empresário deve dizer aos seus clientes, de forma explícita e clara: Estamos juntos contigo! Dizer ainda que, havendo necessidade, o cliente não deve se acanhar em ligar ou mandar mensagem, pois todos estão trabalhando para sair da crise.

Ou seja, pensar que se a crise é inevitável, a empresa está trabalhando para reduzir danos, o máximo que puder.

Esperança no futuro não faz mal para ninguém.

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João Marcos Adede y Castro

JOÃO MARCOS ADEDE Y CASTRO é graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria, sendo Mestre em Integração Latino Americana, pela mesma Universidade.

 

É doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade del Museo Social Argentino, e doutorando em Direito Civil pela Universidade de Buenos Aires, ambas de Buenos Aires.  

 

Foi Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul por quase 30  anos, tendo exercido as atribuições de Promotor de Justiça Especializada de Defesa Comunitária, com atuação preponderante nas áreas de defesa do meio ambiente, interesses sociais e coletivos e improbidade administrativa. É Professor Universitário.

 

 É membro e  foi Presidente da Academia Santa-Mariense de Letras, ocupando a cadeira número 16, cujo patrono é o escritor e jurista  Darcy Azambuja. É advogado em Santa Maria, RS.

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