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Rotina no isolamento

Na música Cotidiano, Chico Buarque diz que “todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às seis horas da manhã, me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã”.

A rotina é quase sempre associada à uma chatice, uma falta absoluta de criatividade, um transcorrer monótono de dias após dias.

Mas, na verdade, a rotina estabelece método e organização em nossas vidas, impedindo ou reduzindo a possibilidade de procrastinação e aumentando nossas chances de sucesso pessoal e profissional.

Assim, no isolamento do coronavirus, quando optamos pelo modernamente chamado “home office”, é absolutamente necessário que estabeleçamos rotinas não muito diferentes daquelas que observamos quando estamos trabalhando em nossos escritórios, fábricas, industrias e outros negócios.

Assim, todo dia devemos fazer tudo sempre igual, acordar às seis horas da manhã, tomar banho, aplicar um bom desodorante e uns pingos de perfume e, mesmo que não vistamos terno e gravata, mas sim umas bermudas e camiseta, dirigir-se ao “escritório” e lá permanecer até às 18 horas!

Isolamento não é férias, mesmo que alguns possam parar totalmente.

Os filhos, se existirem, devem respeitar o trabalho, não o interrompendo como se não fosse sério, o café e o chimarrão seguirão as mesmas regras de horário, o intervalo de lanche não pode durar duas horas.

Está certo que, em casa, não há vigilância de terceiros, mas já estamos tendo prejuízo suficiente com o fechamento das atividades econômicas para ainda abandonar aquilo que podemos fazer de casa ou fazê-lo sem a observação de prazos e qualidade.

Por outro lado, devemos deixar claro aos nossos clientes que estamos trabalhando, produzindo e que ele não deve esquecer de nós. Afinal um dia essa calamidade acaba e quem se manteve vigilante e atuante terá mais chance de se levantar e prosseguir.

Mantenha uma rotina. Ela é chata, mas necessária.

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João Marcos Adede y Castro

JOÃO MARCOS ADEDE Y CASTRO é graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria, sendo Mestre em Integração Latino Americana, pela mesma Universidade.

 

É doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade del Museo Social Argentino, e doutorando em Direito Civil pela Universidade de Buenos Aires, ambas de Buenos Aires.  

 

Foi Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul por quase 30  anos, tendo exercido as atribuições de Promotor de Justiça Especializada de Defesa Comunitária, com atuação preponderante nas áreas de defesa do meio ambiente, interesses sociais e coletivos e improbidade administrativa. É Professor Universitário.

 

 É membro e  foi Presidente da Academia Santa-Mariense de Letras, ocupando a cadeira número 16, cujo patrono é o escritor e jurista  Darcy Azambuja. É advogado em Santa Maria, RS.

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