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2020


2020

Mesmo que pareça meio óbvio, e é, escrever uma crônica no primeiro dia útil de 2020 é uma obrigação, para dizer o que foi 2019 e o que se espera do ano novo.

O ano de 2019, apesar da intensa polarização, foi bom, porque significou o início de um novo governo, com novas ideias e nova forma de atuar. Alguns acham que é o prenúncio do caos, em razão das declarações no mínimo estranhas do Presidente, mas o governo, como instituição, está funcionando, assim como o Legislativo e o Judiciário.

Não concordamos com tudo que os Poderes fazem e dizem, mas isso é natural, não há como agradar a todos, pois o importante é que as instituições estão funcionando, mal, mas funcionando.

Nós mesmo, como cidadãos, quanta coisa boa fizemos, mas, por Deus, quanta besteira fizemos e dissemos. O governo não seria diferente, pois é cria nossa. Não adianta dizer “eu não votei nele” porque, ao menos tecnicamente, ele nos representa, e só nos resta fiscalizar e trabalhar para que tudo dê certo, porque se o barco afundar, todos, eleitores do Presidente ou não, morrem afogados.

Afinal, não podemos ser pretensiosos a ponto de achar que todos aprovavam o governo e o sistema anterior. Ou seja, sempre haverá oposição, descontentes, contrários e gente disposta a exigir mudanças, o que é bom, porque é pensando que se avança.

Assim, apesar da virada do ano não significar mudanças mágicas, é certo que 2020 é um número redondo, bem simpático, mas nós temos que continuar trabalhando, pensando, avançando em nossos objetivos, como se 2019 não tivesse existido.

Minha crônica não é um exercício de adivinhação, mas uma manifestação de esperança que com muito trabalho venceremos, como vencemos em 2018, 2017, 2016...

Não existe ano ruim, mas ano um pouco melhor ou um pouco “menos melhor”, porque aquilo que fizemos vai ficar, para o bem ou para o mal, na nossa história de vida.

Imaginar um ano perfeito é um direito e uma obrigação, mas todos devem saber que ele será melhor ou “menos melhor” na medida em que nos esforçarmos para torná-lo melhor. Não desprezo a sorte, mas acredito muito mais no trabalho.

Como já teria dito um filósofo, o rio que corre nunca é o mesmo, porém continua sendo “o rio”, com as mesmas vantagens e os mesmos riscos, a banhar nossas terras e nossas vidas.

Dessa forma, viva 2019, viva 2020.

Viva a vida!


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João Marcos Adede y Castro

JOÃO MARCOS ADEDE Y CASTRO é graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria, sendo Mestre em Integração Latino Americana, pela mesma Universidade.

 

É doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade del Museo Social Argentino, e doutorando em Direito Civil pela Universidade de Buenos Aires, ambas de Buenos Aires.  

 

Foi Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul por quase 30  anos, tendo exercido as atribuições de Promotor de Justiça Especializada de Defesa Comunitária, com atuação preponderante nas áreas de defesa do meio ambiente, interesses sociais e coletivos e improbidade administrativa. É Professor Universitário.

 

 É membro e  foi Presidente da Academia Santa-Mariense de Letras, ocupando a cadeira número 16, cujo patrono é o escritor e jurista  Darcy Azambuja. É advogado em Santa Maria, RS.

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