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CRESCIMENTO ECONÔMICO E DIREITOS SOCIAIS


CRESCIMENTO ECONÔMICO E DIREITOS SOCIAIS

Se você quiser fazer sucesso nas redes sociais, é só assumir posições extremadas, abraçando apaixonadamente a causa “do povo” ou a causa “das empresas exploradoras do povo”, mesmo que isso significa levar pedrada da parte contrária.

Porque é tão difícil acreditar que é possível a convivência entre os detentores do capital e os trabalhadores? Porque apaixona à muitos a ideia de guerra entre classes? Porque isso é épico, enquanto pregar a paz é coisa de covardes, como eu.

Podem me chamar de “murista”, ou seja, aquele que fica em cima do muro, o que não me constrange, porque é posição equilibrada que permite visão privilegiada de todos os fatos, mesmo que eventualmente possa interpretá-los equivocadamente.

A luta de classes é muito mais emocionante, porque implica em posições fortes entre direita e esquerda, entre trabalhadores e burgueses, entre bons e maus, mas nunca construiu nada permanente, senão ilusão temporária e geralmente desastrosa.

É evidente que existem empresários maus e desinteressados, mas, não sejamos ingênuos, essa ausência de qualidades também se encontra entre trabalhadores. As pessoas são o que são, e alguém sempre vai ter que botar dinheiro na atividade, cabendo aos demais prestar os serviços.

Aquele que trabalha sempre acha que está sendo explorado, e as vezes isso é real, mas, em geral, não se dá conta quanto o empresário investiu em trabalho, grana e preocupação com a atividade, com os impostos a pagar, com os tributos a recolher, com os empregados a controlar, contratar, demitir, etc.

Até mesmo o Estado (União, Estados Federados e Municípios) se acha todo importante quando multa uma empresa ao pagamento de valores milionários, pouco importando se ela vai quebrar. Ok, mas se a empresa quebra, quem mais perde não é o trabalhador?

Temos que buscar, sempre e sem descanso, uma forma civilizada de convivência entre o capital e o trabalho, o cumprimento da legislação e o crescimento econômico das empresas, com observação dos diretos sociais.

Não se esqueçam que “direito de mais é direito de menos”, excesso de proteção é desproteção.

Pode não parecer, mas existe um meio termo, cabendo-nos lutar sempre para encontrá-lo, em benefício do crescimento econômico e dos direitos sociais, juntos e de maneira sustentável.


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João Marcos Adede y Castro

JOÃO MARCOS ADEDE Y CASTRO é graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria, sendo Mestre em Integração Latino Americana, pela mesma Universidade.

 

É doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade del Museo Social Argentino, e doutorando em Direito Civil pela Universidade de Buenos Aires, ambas de Buenos Aires.  

 

Foi Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul por quase 30  anos, tendo exercido as atribuições de Promotor de Justiça Especializada de Defesa Comunitária, com atuação preponderante nas áreas de defesa do meio ambiente, interesses sociais e coletivos e improbidade administrativa. É Professor Universitário.

 

 É membro e  foi Presidente da Academia Santa-Mariense de Letras, ocupando a cadeira número 16, cujo patrono é o escritor e jurista  Darcy Azambuja. É advogado em Santa Maria, RS.

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