TRABALHAR
TRABALHAR
Não desejo ser melhor que ninguém, até porque sei das minhas limitações, mas não consigo compreender como se pode encarar o trabalho, remunerado ou não, como um castigo, como uma pena da qual queremos nos livrar o mais rápido possível.
Talvez seja brincadeira, mas existem pessoas que contam os dias da semana, do mês e do ano para as férias, como se essas fossem o único objetivo do trabalho, o que as torna ansiosas e pouco produtivas.
Não se pode imaginar que a frase bíblica “ganharás o pão com o suor de teu rosto” seja uma praga, uma condenação divina, pois ela é uma manifestação de que devemos merecer o que temos, seja o pão, seja a casa, seja a roupa que vestimos ou qualquer outra vantagem material.
Trabalhar, honestamente, é condição para que a pessoa cresça aos olhos de Deus e dos homens como alguém confiável, respeitável e merecedor das graças divinas e terrenas.
Quem trabalha não tem tempo para pensar em maldades e até os antigos já diziam que “cabeça vazia é caldeirão do Diabo”!
Claro que existem momentos de plantar e outros de colher, momentos de trabalhar e momentos de descansar, mas as férias não podem ser a única recompensa pela dedicação ao trabalho.
Por outro lado, a crise tem oportunizado aos “não chegados” ao trabalho, boas desculpas para sua falta de vontade, sua ausência de dedicação, sua vontade invencível ao ócio, ao desinteresse e ao não fazer.
Sei que sou um chato, mas se você aparecer todos os dias nas redes sociais com um copo de bebidas alcoólicas na mão, desejando desesperadamente a chegada do fim de semana, será difícil convencer alguém de que você é um trabalhador, mesmo que seja.
Pare de reclamar tanto (um pouco é necessário) dos governos, dos impostos e das taxas e vá à luta, faça por você mesmo.
Eu sempre digo, talvez esteja errado, que não espero que o governo faça por mim. Apenas peço que não me atrapalhe.
Quem luta vence, mesmo quando perde.