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TRABALHAR


TRABALHAR

Não desejo ser melhor que ninguém, até porque sei das minhas limitações, mas não consigo compreender como se pode encarar o trabalho, remunerado ou não, como um castigo, como uma pena da qual queremos nos livrar o mais rápido possível.

Talvez seja brincadeira, mas existem pessoas que contam os dias da semana, do mês e do ano para as férias, como se essas fossem o único objetivo do trabalho, o que as torna ansiosas e pouco produtivas.

Não se pode imaginar que a frase bíblica “ganharás o pão com o suor de teu rosto” seja uma praga, uma condenação divina, pois ela é uma manifestação de que devemos merecer o que temos, seja o pão, seja a casa, seja a roupa que vestimos ou qualquer outra vantagem material.

Trabalhar, honestamente, é condição para que a pessoa cresça aos olhos de Deus e dos homens como alguém confiável, respeitável e merecedor das graças divinas e terrenas.

Quem trabalha não tem tempo para pensar em maldades e até os antigos já diziam que “cabeça vazia é caldeirão do Diabo”!

Claro que existem momentos de plantar e outros de colher, momentos de trabalhar e momentos de descansar, mas as férias não podem ser a única recompensa pela dedicação ao trabalho.

Por outro lado, a crise tem oportunizado aos “não chegados” ao trabalho, boas desculpas para sua falta de vontade, sua ausência de dedicação, sua vontade invencível ao ócio, ao desinteresse e ao não fazer.

Sei que sou um chato, mas se você aparecer todos os dias nas redes sociais com um copo de bebidas alcoólicas na mão, desejando desesperadamente a chegada do fim de semana, será difícil convencer alguém de que você é um trabalhador, mesmo que seja.

Pare de reclamar tanto (um pouco é necessário) dos governos, dos impostos e das taxas e vá à luta, faça por você mesmo.

Eu sempre digo, talvez esteja errado, que não espero que o governo faça por mim. Apenas peço que não me atrapalhe.

Quem luta vence, mesmo quando perde.


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João Marcos Adede y Castro

JOÃO MARCOS ADEDE Y CASTRO é graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria, sendo Mestre em Integração Latino Americana, pela mesma Universidade.

 

É doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade del Museo Social Argentino, e doutorando em Direito Civil pela Universidade de Buenos Aires, ambas de Buenos Aires.  

 

Foi Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul por quase 30  anos, tendo exercido as atribuições de Promotor de Justiça Especializada de Defesa Comunitária, com atuação preponderante nas áreas de defesa do meio ambiente, interesses sociais e coletivos e improbidade administrativa. É Professor Universitário.

 

 É membro e  foi Presidente da Academia Santa-Mariense de Letras, ocupando a cadeira número 16, cujo patrono é o escritor e jurista  Darcy Azambuja. É advogado em Santa Maria, RS.

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