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RESPEITEM AS CRIANÇAS!


RESPEITEM AS CRIANÇAS

Se você quiser, de fato, aparecer, é só dizer uma grande asneira, daquelas que todo mundo sabe que vai levar paulada de todo lado, na internet.

Por mais estúpidas que as pessoas sejam, todas sabem os limites que a boa educação, a gentileza e a lei estabelece para as relações humanas, porque isso é bom senso.

Mas, por mais que tenhamos razão do que dizemos, e por mais que tenhamos renunciado a nossa obrigação social de respeitar o outro, ultrapassa qualquer limite afirmar que uma criança de quatro anos é um macaco, apenas porque é preta! E mais, de forma totalmente gratuita, porque não se estava a discutir a sua beleza, mas a beleza da pessoa que fez o comentário racista.

Claro está que todos merecem respeito, adultos ou idosos, mas as crianças são sagradas, porque representam a possibilidade de um mundo melhor que o que construímos e porque, por si sós, não tem capacidade mental ou física, de promover a sua própria defesa.

Assim, chamar uma criança negra de macaca é o cúmulo da covardia, da brutalidade, da grosseria, da certeza da impunidade. Não podemos tolerar.

Não importa que a estupidez, que é um crime, tenha sido cometida contra a filha de pessoas famosas, mas é evidente que acaba por ter uma repercussão imensamente maior do que se tivesse sido cometida contra a filha de um anônimo, que merece o mesmo respeito.

Respeitem as crianças, já que nós, adultos, já perdemos a guerra contra o preconceito e esquecemos há muito o sentido da palavra tolerância.

Algumas pessoas acham que há um certo exagero, mas cada vez mais me convenço que não podemos dar quartel à luta contra o preconceito.

É no silêncio dos bons que os maus, os preconceituosos e os intolerantes se criam e se multiplicam.

Muita gente ria de Hitler logo que ele surgiu com suas ideias idiotas e o resultado funesto todos sabemos.


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João Marcos Adede y Castro

JOÃO MARCOS ADEDE Y CASTRO é graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria, sendo Mestre em Integração Latino Americana, pela mesma Universidade.

 

É doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade del Museo Social Argentino, e doutorando em Direito Civil pela Universidade de Buenos Aires, ambas de Buenos Aires.  

 

Foi Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul por quase 30  anos, tendo exercido as atribuições de Promotor de Justiça Especializada de Defesa Comunitária, com atuação preponderante nas áreas de defesa do meio ambiente, interesses sociais e coletivos e improbidade administrativa. É Professor Universitário.

 

 É membro e  foi Presidente da Academia Santa-Mariense de Letras, ocupando a cadeira número 16, cujo patrono é o escritor e jurista  Darcy Azambuja. É advogado em Santa Maria, RS.

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