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O PRECONCEITO EXISTE


O PRECONCEITO EXISTE

É certo que existem alguns exageros de interpretação, mas, posso afirmar com segurança e experiência própria, que o preconceito, que é a ideia preconcebida, em geral desprovida de bases científicas, acerca de determinados fatos ou pessoas.

Claro está que muitas vezes o preconceito atua a favor de quem não merece, como a ideia de que todo cidadão portador de poder é qualificado para as funções que exerce, o que chamamos de “discurso de autoridade”, inúmeras vezes falso.

Em geral, o preconceito prejudica aquele a quem se destina e é uma forma bem canalha de liberar quem o pratica de pensar.

Aí se inclui o preconceito de raça, cor, credo, convicções políticas, condição sexual e social, profissão e muitas outras situações.

Todos nós, em algum momento de nossas vidas (por mais que não desejemos admitir em voz alta), dissemos alguma coisa que denegriu o outro, que o diminuiu, que o desqualificou apenas e tão somente porque estamos irados, irritados ou magoados e isso não quer dizer, necessariamente, que somos maus.

Mesmo que algumas manifestações preconceituosas sejam fruto de educação equivocada de séculos, não estamos absolvidos de nossos ódios, intolerâncias e medos injustificados.

Temos que nos policiar permanentemente, mesmo que isso possa significar viver uma vida chata, pois não é justo que optemos por uma vida de liberdade absoluta de expressão à custa do sofrimento alheio.

Não temos que aderir, tolerar e nem mesmo aceitar a condição do outro, apenas respeitá-lo.

Quem é ou foi pobre, quem é preto, gay ou mulher, sabe que o preconceito existe, mesmo que de forma velada.

Quem discrimina acha que isso é uma bobagem, um exagero de tempos “politicamente corretos”, mas quem é discriminado sabe como dói!

Não despreze a necessidade de permanente vigilância, não aceite o preconceito como algo inevitável. A próxima vítima pode ser você.

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João Marcos Adede y Castro

JOÃO MARCOS ADEDE Y CASTRO é graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria, sendo Mestre em Integração Latino Americana, pela mesma Universidade.

 

É doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade del Museo Social Argentino, e doutorando em Direito Civil pela Universidade de Buenos Aires, ambas de Buenos Aires.  

 

Foi Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul por quase 30  anos, tendo exercido as atribuições de Promotor de Justiça Especializada de Defesa Comunitária, com atuação preponderante nas áreas de defesa do meio ambiente, interesses sociais e coletivos e improbidade administrativa. É Professor Universitário.

 

 É membro e  foi Presidente da Academia Santa-Mariense de Letras, ocupando a cadeira número 16, cujo patrono é o escritor e jurista  Darcy Azambuja. É advogado em Santa Maria, RS.

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